Após dias de calor intenso e clima seco, São Paulo se prepara para a chegada de uma frente fria significativa. De acordo com a Climatempo, essa mudança climática deve ocorrer por volta do dia 19 de setembro, marcando a aproximação da primavera, que começa no dia 22.

Atualmente, uma grande massa de ar quente cobre o Brasil, fazendo com que as temperaturas aumentem de maneira incomum para esta época do ano. Essa massa de ar, que já está forte, deverá se intensificar ainda mais na primeira semana de setembro, estendendo-se para o Sul do país. Regiões onde o calor não costuma ser tão intenso, como o interior de São Paulo, sul de Goiás e partes de Mato Grosso, estão registrando temperaturas mais elevadas do que o normal.

A queda na umidade do ar também tem sido um problema, com índices previstos para atingir valores críticos, inferiores a 12% em algumas regiões, especialmente no sul de Mato Grosso, interior de São Paulo, Triângulo Mineiro, nordeste do Mato Grosso do Sul e sul de Goiás. A baixa umidade pode trazer riscos à saúde, agravando problemas respiratórios e aumentando a sensação de desconforto.

No feriado de 7 de setembro, por exemplo, é esperado que mais da metade do estado de São Paulo registre temperaturas cerca de 5°C acima da média histórica. Em outras partes do Brasil, os termômetros também devem ficar entre 1°C e 5°C acima dos valores normais para o mês.

Segundo especialistas, essa onda de calor pode ser explicada pelas condições climáticas normais, mas o aumento da frequência de eventos extremos é uma evidência das mudanças climáticas globais. O meteorologista Luiz Felippe Gozzo, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), observa que o aquecimento global tem contribuído para a maior ocorrência de ondas de calor e de outros fenômenos climáticos extremos, que se tornam mais comuns e intensos.

Gozzo ressalta que, embora o aquecimento global tenha um papel significativo, é importante considerar uma série de fatores atmosféricos que colaboram para esses eventos. Não se deve atribuir a atual onda de calor a uma única causa, mas sim a uma combinação de elementos, como padrões de vento e mudanças na pressão atmosférica.

Com a chegada esperada da frente fria, as temperaturas devem finalmente baixar, trazendo alívio à população e encerrando o ciclo de calor extremo. Esse evento marca a transição para um período mais ameno e úmido, típico da primavera. Até lá, é fundamental que a população se cuide, mantendo-se hidratada e evitando exposição prolongada ao sol, especialmente nas horas de maior intensidade de calor.