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Por que o bitcoin disparou acima dos US$ 60 mil após o atentado contra Donald Trump

Política

Por que o bitcoin disparou acima dos US$ 60 mil após o atentado contra Donald Trump

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Busca por ativos menos correlacionados com o noticiário político e a percepção de que Trump tem mais chances de vencer a disputa eleitoral pautam o dia

O atentado contra o ex-presidente e candidato à Casa Branca Donald Trump, no último sábado (13), trouxe um frenesi ao mercado de criptoativos.

Ao longo do fim de semana, o bitcoin, maior moeda digital em termos de capitalização e número de transações, ultrapassou a casa dos US$ 60 mil. Com a alta de 4,65% registrado nas últimas 24h, o bitcoin gira em torno dos US$ 62,6 mil (cerca de R$ 313 mil).

Segundo uma análise feita pelo site Quartz, uma série de razões pode ter levado os investidores a buscarem “segurança” no bitcoin.

Uma delas é que, para alguns, o atentado pode aumentar as chances de Trump de vencer as eleições presidenciais do fim do ano. Ao longo da campanha, o ex-presidente afirmou que é um “cripto-candidato” e que aceitaria doações feitas em bitcoin, ether, dogecoin, solana e outras criptomoeda.

A declaração de Trump difere do que ele efetivamente fez em seu mandato, quando declarou que o bitcoin seria uma “farsa contra o dólar americano”. Apesar disso, o apoio ao republicano tem aumentado entre a comunidade cripto.

Outro motivo que ajuda a explicar a forte alta é a tendência dos investidores de buscarem ativos descorrelacionados com o mercado financeiro tradicional em tempos de incerteza e volatilidade. O ouro e o franco suíço, por exemplo, são considerados os ativos mais seguros.

Apesar do questionamento de muitos sobre o potencial do bitcoin funcionar como uma reserva de valor, parte do movimento visto nos últimos dias aponta que a criptomoeda foi escolhida como um “porto seguro” em um momento que o mercado de ações e títulos do governo americano sofrerão com a incerteza. Durante a pandemia, a criptomoeda teve forte alta ao ser considerada como uma alternativa segura de proteção de patrimônio.

O atentado contra o ex-presidente durante um comício machucou Trump, matou um dos apoiadores que assistia ao evento e feriu outros dois no sábado (13). O atirador foi identificado como Thomas Matthew Crooks, e foi morto pelo serviço secreto americano, que fazia a segurança de Trump.

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