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Criminosos utilizam a inteligência artificial para manipular a imagem de famosos e lucrar com a venda de produtos falsos

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Criminosos utilizam a inteligência artificial para manipular a imagem de famosos e lucrar com a venda de produtos falsos

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Advogado Especialista Crimes Virtuais

Criminosos estão recorrendo à inteligência artificial para manipular a imagem de indivíduos famosos, como Marcos Mion, Sandra Annenberg e Ana Maria Braga, visando lucrar com a venda de produtos falsificados por meio de anúncios enganosos nas redes sociais.

Esses golpistas utilizam tecnologia avançada para criar anúncios fraudulentos, aproveitando-se da credibilidade e reconhecimento das personalidades envolvidas. Além disso, não se limitam apenas ao uso das imagens, mas também manipulam a voz e a aparência das pessoas em seus anúncios, os quais são impulsionados e direcionados para públicos específicos. Essa prática não apenas compromete a integridade das figuras públicas, mas também afeta a confiança dos usuários nas plataformas online.

Impacto sobre as vítimas

William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, é uma das vítimas recorrentes desse tipo de crime. Ele ressalta a gravidade da situação, destacando que sua imagem está sendo indevidamente utilizada para promover produtos e até mesmo para fins políticos, representando uma violação e um prejuízo tanto para ele quanto para os espectadores. O impacto emocional e financeiro sobre as vítimas desses golpes é significativo, pois além de prejudicarem sua reputação, também podem ser alvo de questionamentos e desconfiança por parte do público.

Alvos além das personalidades

Além de personalidades da mídia, instituições como bancos também são alvos desses golpes. Em um caso específico contra o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os criminosos não apenas usaram o nome da instituição para perpetrar a fraude, mas também enviaram a conta do anúncio para o próprio banco, afetando sua credibilidade. Esses ataques não apenas prejudicam a reputação das organizações, mas também podem resultar em perdas financeiras e desconfiança por parte dos clientes.

Responsabilidade das empresas de tecnologia

Diante desse cenário, Ayres Britto, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, destaca a importância de aplicar princípios gerais do direito, defendendo a responsabilização das empresas de tecnologia e plataformas online por permitirem a disseminação de conteúdo fraudulento. As empresas de tecnologia desempenham um papel crucial na prevenção e combate a esses crimes, e devem ser responsabilizadas por suas políticas e práticas em relação à segurança e integridade dos usuários.

Desafios da autorregulação

O Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar) possui um código de ética que visa coibir práticas irregulares na publicidade, e os veículos de comunicação têm sistemas de controle para identificar e recusar anúncios fraudulentos. No entanto, o Conar enfrenta desafios na negociação com as redes sociais, que ainda não aderiram à autorregulação. A falta de cooperação por parte das plataformas online dificulta os esforços para combater efetivamente esses crimes e proteger os consumidores.

Respostas das grandes empresas de tecnologia

Em resposta às acusações, as grandes empresas de tecnologia, como o TikTok e Meta, afirmam que possuem políticas para coibir a disseminação de conteúdo sintético e manipulado. Elas utilizam inteligência artificial e equipes humanas para revisar e remover conteúdos que violem suas políticas. No entanto, destacam a necessidade de os usuários denunciarem qualquer conteúdo suspeito encontrado em suas plataformas. Essas empresas devem assumir a responsabilidade por garantir a integridade e segurança de suas plataformas, implementando medidas mais rigorosas de combate à fraude e proteção dos usuários.

Solução para crimes virtuais com suporte especializado

Uma abordagem crucial na luta contra esse tipo de delito, é buscar o suporte de um advogado especialista em crimes digitais, como o Dr. Jonatas Lucena. Esses profissionais possuem o conhecimento técnico e jurídico necessário para lidar com questões complexas relacionadas à segurança cibernética e proteção dos direitos dos indivíduos afetados e podem ajudar as vítimas a entenderem seus direitos, fornecer orientação sobre como coletar evidências digitalmente e representá-las adequadamente nos processos legais. 

Conscientização e educação digital

Além da intervenção legal, é essencial investir em conscientização e educação digital para mitigar os riscos associados aos crimes virtuais. Isso inclui campanhas educativas destinadas a informar o público sobre os diferentes tipos de golpes online, as medidas de segurança que podem ser adotadas e como identificar e relatar atividades suspeitas. Educar os usuários sobre práticas seguras na internet pode ajudar a reduzir a vulnerabilidade das pessoas e fortalecer a resistência contra os ataques cibernéticos.

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