Mistério no espaço: satélite da NASA desativado desde a década de 60 emite sinal inesperado e intriga cientistas

Astrônomos de todo o mundo estão surpresos com um fenômeno inesperado: um satélite da NASA desativado desde a década de 60 emitiu recentemente um pulso de rádio tão forte que chegou a ofuscar outros sinais cósmicos captados na mesma faixa de tempo. O evento aconteceu em junho de 2024, mas só agora foi revelado por cientistas australianos que operam o radiotelescópio ASKAP. Inicialmente, acreditava-se que o pulso teria origem em um objeto astronômico distante, como um buraco negro ou uma estrela de nêutrons, mas análises posteriores rastrearam o sinal até um satélite antigo da era da Guerra Fria: o Relay-2, lançado em 1964.
A descoberta reacende discussões sobre a durabilidade de equipamentos espaciais e a possibilidade de eventos eletromagnéticos espontâneos mesmo em dispositivos considerados inativos há décadas. O satélite da NASA desativado desde a década de 60 estava em órbita há quase 60 anos, tendo encerrado oficialmente suas operações em 1967. No entanto, uma descarga de rádio extremamente breve, de apenas 30 nanossegundos, foi suficiente para chamar a atenção dos pesquisadores e gerar diversas hipóteses sobre sua origem. A energia liberada foi comparada à de uma galáxia inteira, embora seu pico tenha sido momentâneo.
O satélite da NASA desativado desde a década de 60 foi parte fundamental do desenvolvimento das comunicações modernas. O Relay-2 foi um dos primeiros satélites de comunicação que permitiram a transmissão de sinais televisivos dos Estados Unidos para Europa e Japão. Em um de seus feitos mais marcantes, ajudou a transmitir ao mundo as notícias sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy em 1963, por meio de seu antecessor Relay-1. Apesar de sua importância histórica, o equipamento foi considerado perdido após o término de sua missão em junho de 1967.
O sinal detectado pelos astrônomos australianos reacendeu o interesse por esse tipo de tecnologia espacial esquecida. A hipótese mais aceita é que o satélite da NASA desativado desde a década de 60 acumulou carga eletrostática ao longo das décadas, o que teria sido descarregado repentinamente em forma de pulso de rádio. Situações semelhantes já foram documentadas por outros equipamentos espaciais, como o famoso telescópio de Arecibo, que entrou em colapso em 2020. Contudo, a intensidade e a brevidade do pulso emitido pelo Relay-2 se destacam como um fenômeno raro.
Outros especialistas sugerem que o satélite da NASA desativado desde a década de 60 pode ter sofrido o impacto de um micrometeorito ou de partículas de poeira cósmica, o que teria gerado uma nuvem de plasma capaz de produzir o sinal registrado. Essas colisões, embora comuns no espaço, raramente geram sinais detectáveis em solo. No entanto, considerando a sensibilidade dos radiotelescópios modernos, pequenos eventos podem hoje ser monitorados com precisão inédita, revelando dados sobre artefatos que, até então, pareciam completamente inertes.
A revelação surpreende não apenas pela natureza do sinal, mas também pelo fato de ter sido detectado tantos anos depois da última comunicação com o satélite da NASA desativado desde a década de 60. Essa longevidade inesperada dos componentes eletrônicos em órbita mostra que há muito a se entender sobre os efeitos do ambiente espacial em materiais humanos. Além disso, o episódio levanta questões sobre o lixo espacial e os riscos associados a objetos antigos ainda em órbita que, em teoria, não deveriam mais emitir nenhum tipo de atividade.
A equipe responsável pela detecção do sinal afirmou que novos estudos serão realizados para verificar se outros satélites antigos podem estar acumulando cargas eletrostáticas semelhantes e se há risco de que essas descargas causem interferências em comunicações espaciais ativas. O satélite da NASA desativado desde a década de 60 se tornou, assim, um objeto de estudo renovado, transformando um pedaço da história da exploração espacial em um ponto de interrogação científico para o presente e futuro das missões em órbita.
Esse caso prova que mesmo artefatos antigos podem ter um papel importante nas investigações espaciais modernas. O pulso emitido pelo satélite da NASA desativado desde a década de 60 servirá como base para futuras pesquisas sobre eletromagnetismo no espaço, durabilidade tecnológica e possíveis novas abordagens sobre a mitigação do lixo espacial. Para os cientistas, é uma rara oportunidade de estudar um fenômeno físico real em um equipamento que, até então, havia sido dado como morto e esquecido. A ciência, mais uma vez, mostra que o espaço ainda guarda mistérios muito além do que conseguimos prever.
Autor: Aenid Ouldan Perez